Moda Ilustrada



Ilustrações em geral me chamam a atenção, mas quando se trata de moda, surge uma identificação inevitável. Em uma das minhas pesquisas conheci o trabalho de Don Oehl, que encontrou seu desejo pelas artes visuais quando estudava dança na Academia de Chicago. A partir de então, começou a se especializar e aprofundou-se tanto que foi parar na Escola do Louvre, em Paris.

Em suas obras há influências da cidade, como moda de rua e grafite mesclados ao experimentalismo chique típico da Alta Costura.







Imagens: divulgação

Don também se inspira em artistas como Andy Warhol, Cindy Sherman, Kenneth Paul Block, Dandi White e John Luke Eastman. Ótimas referências, não?!

Entrevista: Corrupiola



Baseados em São José, a 7 km de Florianópolis, Leila Lampe e Aleph Ozuas deram origem a um projeto interessante de design feito à mão: o Corrupiola. Os crafiteiros – não, eu não troquei a primeira letra da palavra. Saiba mais sobre o movimento Craft aqui – uniram a sua experiência trabalhando como designers freelancer com a afinidade por papelaria e trabalhos manuais. Os primeiros protótipos do Corrupio, que é como chamam seus produtos, foram experimentalmente criados no início de 2008. O caderno foi gradativamente aperfeiçoado e após vários testes com papéis nas capas e miolos, o modelo ideal foi alcançado. Em dezembro de 2008, lançaram a sua primeira coleção num Bazar craft na capital catarinense.

Conheça melhor o processo de criação dessa dupla que acredita que os produtos artesanais proporcionam uma experiência sensorial mais ampla do que a oferecida por algo “enlatado” e industrializado.



O que inspira vocês? Por favor, contem um pouco como é o processo de criação desde as primeiras ideias até o produto final.
Nossa inspiração vem de muitos lugares: da literatura e do cinema; de um passeio pela praia ou pelo campo; do trabalho de outros crafters e das centenas de belos sites que visitamos periodicamente; do canto dos pássaros e do som da nossa máquina tipográfica funcionando. Utilizamos um quadro para anotar nossos projetos, mas não somos tão metódicos no momento da criação. Não costumamos fazer sessões de brainstorming e as ideias para novos produtos podem surgir em uma conversa ou até mesmo por acidente. Do conceito inicial ao produto final, há algumas etapas que passam pela escolha de materiais; pesquisa de fornecedores; desenvolvimento do protótipo; adequação de formato até o desenvolvimento da embalagem.

Como funciona a dupla? Vocês dividem o trabalho ou ambos desempenham as mesmas funções? Como lidam quando tem exatamente a mesma ideia? Acontece uma “briga” para saber quem fará o que? E quando divergem?
Cada um de nós acabou se especializando em algumas etapas do processo de confecção dos Corrupios, no entanto o momento de criação é compartilhado e debatido quase diariamente. Como estamos muito sintonizados no trabalho, não é incomum termos a mesma ideia. Gostamos dessas coincidências e também conseguimos chegar a resultados positivos mesmo nos momentos de atrito, quando temos idéias díspares que devem ser adequadas em um resultado que combine vantagens de cada um. Quando os dois batem o pé, as divergências são sanadas através de testes e experimentações.




Numa época em que a tecnologia é cada vez mais presente e mutante – no sentido mais dinâmico da palavra – a que vocês atribuem o interesse por produtos de caráter mais artesanal?
O contato com produtos artesanais proporciona uma experiência sensorial mais ampla do que a oferecida por produtos massificados. A relação direta com o vendedor e a história dos produtos são fatores indispensáveis quando você adquire uma peça handmade. O consumidor deste tipo de produto quer saber quem o fez; quais os cuidados que toma para diminuir o impacto no meio ambiente; no que acredita. Longe de se engajar em modismos passageiros, quem participa ativamente da “nação handmade” sabe diferenciar um produto despersonalizado de uma peça feita à mão, individualmente, sem explorar o meio ambiente ou outro indivíduo.

A prática do feito à mão, do produto desenvolvido quase sob medida, há algum tempo, vem ganhando força. Também é notório que os meios de comunicação buscam estratégias cada vez mais personalizadas para chegar ao público. Vocês acreditam que há uma influência entre tais aspectos?
O consumo acelerado do passado obrigou as grandes marcas a automatizar cada vez mais os processos para aumentar a produção. Até o atendimento humano passou a ser algo mais mecânico dentro da idéia do “tempo é dinheiro”. Durante algum tempo isso funcionou e aqueles que buscavam um atendimento mais humano e personalizado tinham poucas escolhas. O movimento craft está em sintonia com a crescente valorização do indivíduo em detrimento ao consumo massificado. Todos nós queremos atenção e respeito às nossas particularidades e estamos cada vez mais cientes do nosso poder e valor dentro de um sistema consumista. Esta exigência por um atendimento mais particular atinge todas as esferas, inclusive os meios de comunicação. O público sabe que pode ser mais do que um número em uma planilha e está gradativamente mostrando quem é que dita as regras no mercado.



Serviço Corrupiola:
Acesse o site.
Conheça o flickr.
Em BH, você pode encontrar os Corrupios na Quina Galeria.

Bordados e Botões



Vocês se lembram da Stephanie Padilha, do blog Adore Vintage? Nós já fizemos um post indicando o belíssimo trabalho dela. Hoje, gostaria de compartilhar um editorial em que essa linda ruiva modelou para a Botões, marca com jeito retrô que adoramos.

A sessão de fotos foi realizada para o catálogo de Primavera/Verão, cuja coleção chama-se Bordados e Desbordados. A inspiração é grega, apoiada na história de Penelópe, aquela que aguardava a volta do marido Ulisses da guerra. Para adiar um novo casamento, conforme era a vontade de seu pai, começou a bordar uma colcha alegando que só se comprometeria novamente com alguém após terminá-la. Para fugir da obrigação desse outro relacionamento, bordava durante o dia, aos olhos de todos, e à noite, escondida, desfazia todo o trabalho.

Com um tema tão profundo e interessante, o resultado criativo não poderia diferente: uma coleção emocionante e linda.



Imagens: divulgação

Para ver as outras fotos e as peças da coleção, clique aqui.

Let's Lomo!



A ODD – Objetos de Design – promoveu, no último final de semana, um dia dedicado à lomografia. O Let's Lomo fez parte dos Sábados Temáticos, e na ocasião, houve exposição de câmeras vintage e um workshop ministrado pela fotógrafa Carou Araújo. Tudo isso com trilha sonora do dj @amplis e com o gostinho especial dos sorvetes Easy Ice. No vídeo a seguir, os idealizadores do evento comentam detalhes da produção.

Lomografia de Moda



Ontem subimos um editorial. Amanhã é dia de workshop lomográfico na ODD+Cupcake. Hoje, que tal misturar as duas coisas? Vejam algumas séries de fotografia de moda feitas com essas câmeras retrô.

Andrea, por Gavin Thomas



Mais imagens aqui.

Fashion Doubles, por Gavin Thomas



Mais imagens aqui.

Lomo Fashion Week, por João Unzer



Mais imagens aqui.

A Woman's work is never done, por Tommaso Nervegna



Mais imagens aqui.

Cartaz do evento deste sábado na ODD+Cupcake

Vestindo Primavera



Para saudar a estação que começou, produzimos um editorial com as cores e a com a leveza que essa época do ano pede. Valeska Prado, que assina a beleza, captou o clima e conseguiu traduzi-lo em cores sobre a pele. O queixo levantado dá lugar aos sorrisos e à espontaneidade, que aliás, marcou a produção. As modelos – totalmente empenhadas nas quase sete horas de trabalho – se conheceram naquele dia e saíram de lá como melhores amigas. Tudo registrado pelas lentes da nossa querida Mariana Baeta.

Para que tudo acontecesse, contamos com outros parceiros essenciais. Samara, gerente da loja Geometria foi ótima e ofereceu todo o acervo – que está imperdível!– numa boa vontade cativante. Tati e Fê, da Adô Atelier, foram extremamente simpáticas e nos deixaram super em casa para escolher as peças que mais teriam a ver com a proposta.

Vestindo Primavera. As flores saltam dos canteiros para as roupas em forma de estampas abertas ou cheias de pequenos e múltiplos detalhes liberty. Os acessórios não ficam de fora e uma carteira transforma-se num jardim portátil.

Para acompanhar todas as fotos, basta clicar na imagem abaixo. Assim que surgir ampliada, para ver as demais, passe o mouse em cima da figura e guie-se pelas plaquetinhas “próxima” e “anterior”. Divirtam-se!



Serviço:
Geometria (31) 3471-3908
Adô Atelier (31) 3586-9981

Mistura de Épocas



O Japão é um caso a parte. Em meio às novidades tecnológicas mais incríveis passeiam pelas calçadas mulheres em trajes idênticos aos das geishas que viveram há alguns séculos. Essa é apenas uma entre as milhares de imagens que mostram como passado, presente e futuro convivem naquele país. Outro bom exemplo é o ilustrador Hisashi Tenmyouya. Nascido em Tóquio, na década de 60, combina cultura milenar com elementos atuais. Tatuagens, samurais e lendas históricas são coordenados com personagens de mangás e esportes. Ele considera seu estilo uma releitura do Nihonga, tipo de pintura tradicional que utiliza pigmentos minerais e carvão.







Imagens: reprodução

Reforçando a lista de paradoxos orientais, mesmo vivendo entre tanta modernidade, a sociedade parece ser muito conservadora. Talvez seja por isso que Hisashi não tenha uma fama das melhores por lá, afinal, subverte técnicas artísticas consideradas "puras".

Vendendo Peixe



Artes plásticas, digitais, de rua. Cinema e músicas que vão da viola ao Grindcore, passando pelo Hip Hop e por nuances eletrônicas. Toda essa miscelânea criativa teve um ponto em comum: o terceiro andar do Mercado Novo, no centro de BH. No último sábado, esse espaço abrigou o Vendendo Peixe, realizado pelo Urubois, co-produzido pelo Mixsórdia e com o apoio de gente bacana como nossos amigos da Quina Galeria entre vários outros. A proposta era reunir pessoas dispostas a produzir e/ou apreciar arte com total liberdade de produção. Mais detalhes você confere no vídeo a seguir.

Delícia de Acessório



Entre tudo o que tinha para fazer ontem, reservei um espaço para um momento vital: comprar um sapato novo. Os meninos que me desculpem, mas só uma de nós é capaz de entender a sensação de ter um calçado recém-adquirido, lindo e reluzente nos pés.

Esse sentimento, por si só, é uma delícia. Se incluirmos chocolate na história, fica ainda mais gostoso. Foi exatamente nisso que Frances Cooley pensou. Ela é dona da Choco Chic, marca que nos apresenta sapatos e bolsas feitos de chocolate belga. Frances conta que a paixão pelo doce vem desde pequena e que sempre gostou de calçados com estampa de zebra, então resolveu unir as duas coisas. Olha que lindos e apetitosos.






Se depois de ver todas essas delícias você ficar louca, se jogar no chocolate e em seguida sentir-se mal por ter comido demais, conte comigo para uma comprinha de sapato. Afinal, um calçado novo melhora a vida! ;)

Régua, Papel, Estilete



A designer Bianca Chang, baseada na Austrália, desenvolveu um método peculiar nos trabalhos tipográficos. Deixando de lado qualquer tipo de impressão, ela usa estilete, régua e lapiseiras para se guiar enquanto corta, uma a uma, as várias folhas que resultam em composições minimalistas e elegantes.





A moça ainda não tem muitos trabalhos publicados, o que é bastante compreensível quando vemos o grau de dificuldade por meio do making of de uma das letras.



Não seria incrível um alfabeto inteiro assim? Depois dessa, vou pensar duas vezes antes de classificar o corte de um único estêncil como uma tarefa muito complicada. :P

Dinheiro em Movimento



Tratar de assuntos chatos, pesados, sem esbarrar em abordagens quadradas é um dom para poucos. Entre esses estão os alemães Andreas Kronbeck e Tobias Knipf, do Muscle Beaver, estúdio baseado em Munique. Para falar sobre investimento de capital e cuidado com o destino do montante, eles desenvolveram uma divertida animação com referências vintage e bom humor. Do jeito que a gente gosta!


[via Design you Trust]

Moda de Atelier



Após apresentar as coleções de Verão da Adô e da Jardin, vamos mostrar um pouco do estilo de quem está por trás da criações e de quem esteve no atelier. As fotos dos detalhes podem ser vistas em tamanho maior. Para isso, basta clicar nelas.


Tati Azzi, designer da Adô



Blusa: Camilla Torres
Salopete: Maria Bonita Extra
Meia: Lupo
Bota: New Order
Colar: Adô


Fe Dubal, designer da Adô



Macacão: Coven
Broche: Adô
Sapato: Schutz


Bhárbara Renault, designer da Jardin



Vestido: Jardin
Sapato: Luiza Barcelos
Colar: acervo
Relógio: Puma

Catarina Fürst, À Moda da Casa


Vestido e colares: ganhou da mãe
Sapato: Eurico
Cinto e Bolsa: Adô

Fred Boaventura, equipe Jardin


Camisa: Crowford
Calça: Calvin Klein
Sapato: Osklen

As fotos são da Mariana Baeta.